"Devemos ter cuidado em não fazer do intelecto o nosso "Deus"; ele tem evidentemente músculos fortes, mas não personalidade; ele não pode mandar, apenas servir." Albert Einsten
Em nosso corpo existem dois órgãos fundamentais: o nosso cérebro e o nosso coração.
O cérebro se compõe de camadas, nas quais as mais profundas correspondem ao cérebro emocional (inteligência emocional - emoção) enquanto as camadas mais recentes correspondem ao cérebro cognitivo (inteligência racional - razão).
Esta teoria testifica a evolução dos seres humanos.
A relação entre o cérebro emocional e o "pequeno cérebro" do coração é a chave da inteligência emocional - aprendendo a controlar o nosso coração, aprendemos a domesticar o nosso cérebro emocional, e vice-versa. Sendo esta relação estabelecida pelo sistema nervoso periférico autônomo.
O sistema nervoso periférico autônomo é constituído por dois ramos: simpático e parassimpático. O primeiro liberta neurotransmissores em reações de combate e fuga (adrenalina e noradrenalina), o segundo liberta neurotransmissores de estado de relaxamento, tranquilizador, faz o coração bater mais devagar (acetilcolino).
Estes dois ramos funcionam um como acelerador e o outro como travão e estão constantemente em equilíbrio.
Esta variabilidade é em si mesma, muito saudável, dado que é sinal de bom funcionamento do travão e do acelerador.
É este equilíbrio que permite ás criaturas desenvolver relações sociais cada vez mais complexas no decurso da evolução.
No entanto, quando assim não acontece esta variabilidade, ocorrem as situações de ansiedade e stress, na qual o coração deixa de estar submetido ao efeito regulador do travão parassimpático.
A cada instante, o equilíbrio do nosso coração influencia o nosso cérebro, por isso é que o sistema coração - cérebro são indissociáveis.
Harmonizar esta relação íntima entre coração e cérebro acarreta efeitos benéficos na totalidade do nosso corpo.
Não existem medicamentos capazes de o fazer mas todos nós dispomos de um método simples e eficaz que consiste em aprender a falar com nosso coração. O nosso coração sente e vê. Ele é sensível à gratidão e ao sentimento de amor. Se invocar a ideia de paz e gratidão num processo de interiorização, através de algum tempo o estado de coerência é estabelecido.
Este processo permite optimizar o ritmo do coração para resistir ao stress, controla a ansiedade e maximiza a energia vital que existe em todos nós.
Esta coerência entre o coração e o cérebro emocional estabiliza o sistema nervoso autônomo - o equilíbrio simpático e parassimpático. Uma vez atingido este estado podemos aceder à sensatez do cérebro emocional (à intuição) e através dele às funções de reflexão e raciocínio - cérebro cognitivo.
É por isso que a limpeza psíquica usada no racionalismo cristão, através das irradiações, produz efeitos benéficos ao corpo físico e ao corpo mental. Pois é através da concentração, orientada pelas palavras e pelo pensamento elevado que se faz o esvaziamento ou limpeza mental e se encontra a serenidade, tranquilidade, a calma interior é alcançada e o equilíbrio é adquirido.