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Estas simples reflexões tiveram como origem uma necessidade interior e uma busca dos meus valores de vida e da minha própria verdade. Foram ressurgindo numa nova descoberta, numa vontade enorme de desvendar o maior segredo da vida. Na busca constante do meu equilíbrio e da verdade. - Ana Paula Oliveira

Sistema Coração-Cérebro indissociável

"Devemos ter cuidado em não fazer do intelecto o nosso "Deus"; ele tem evidentemente músculos fortes, mas não personalidade; ele não pode mandar, apenas servir." Albert Einsten

Em nosso corpo existem dois órgãos fundamentais: o nosso cérebro e o nosso coração.

O cérebro se compõe de camadas, nas quais as mais profundas correspondem ao cérebro emocional (inteligência emocional - emoção) enquanto as camadas mais recentes correspondem ao cérebro cognitivo (inteligência racional - razão).

Esta teoria testifica a evolução dos seres humanos.

Enquanto a inteligência emocional se desenvolve por toda a vida e pode ser cultivada em qualquer idade a outra evolui muito pouco.

A relação entre o cérebro emocional e o "pequeno cérebro" do coração é a chave da inteligência emocional - aprendendo a controlar o nosso coração, aprendemos a domesticar o nosso cérebro emocional, e vice-versa. Sendo esta relação estabelecida pelo sistema nervoso periférico autônomo.

O sistema nervoso periférico autônomo é constituído por dois ramos: simpático e parassimpático. O primeiro liberta neurotransmissores em reações de combate e fuga (adrenalina e noradrenalina), o segundo liberta neurotransmissores de estado de relaxamento, tranquilizador, faz o coração bater mais devagar (acetilcolino).

Estes dois ramos funcionam um como acelerador e o outro como travão e estão constantemente em equilíbrio.

Esta variabilidade é em si mesma, muito saudável, dado que é sinal de bom funcionamento do travão e do acelerador.

É este equilíbrio que permite ás criaturas desenvolver relações sociais cada vez mais complexas no decurso da evolução.

No entanto, quando assim não acontece esta variabilidade, ocorrem as situações de ansiedade e stress, na qual o coração deixa de estar submetido ao efeito regulador do travão parassimpático.

A cada instante, o equilíbrio do nosso coração influencia o nosso cérebro, por isso é que o sistema coração - cérebro são indissociáveis.

Harmonizar esta relação íntima entre coração e cérebro acarreta efeitos benéficos na totalidade do nosso corpo.

Não existem medicamentos capazes de o fazer mas todos nós dispomos de um método simples e eficaz que consiste em aprender a falar com nosso coração. O nosso coração sente e vê. Ele é sensível à gratidão e ao sentimento de amor. Se invocar a ideia de paz e gratidão num processo de interiorização, através de algum tempo o estado de coerência é estabelecido.

Este processo permite optimizar o ritmo do coração para resistir ao stress, controla a ansiedade e maximiza a energia vital que existe em todos nós.

Esta coerência entre o coração e o cérebro emocional estabiliza o sistema nervoso autônomo - o equilíbrio simpático e parassimpático. Uma vez atingido este estado podemos aceder à sensatez do cérebro emocional (à intuição) e através dele às funções de reflexão e raciocínio - cérebro cognitivo.

É por isso que a limpeza psíquica usada no racionalismo cristão, através das irradiações, produz efeitos benéficos ao corpo físico e ao corpo mental. Pois é através da concentração, orientada pelas palavras e pelo pensamento elevado que se faz o esvaziamento ou limpeza mental e se encontra a serenidade, tranquilidade, a calma interior é alcançada e o equilíbrio é adquirido.